domingo, 15 de julho de 2012

Tara versus carência

Uma das coisas que percebi no clube é que muitas das situações, se não fossem explicadas pelos seus próprios agentes, poderiam soar como taras. E é verdade: cheirar o sexo do outro, se machucar por causa de uma mulher, gostar de apanhar do marido podem sugerir não carências, mas sim taras de pessoas sofríveis e, porque não, até doentes. Gostaria de saber se, você que leu o livro, entende ser tara ou carência tais estórias. Abaixo há mais uma confissão que poderá entrar na próxima reunião do clube. Essa parte final é por que ele descobriu que sua mulher o estava traindo usando lingerie de cor preta, pois como ele ela só usava lingerie de cor branca:

E assim vivi vários anos com ela. Com o meu anjo de paz e libertação, sempre ao meu lado, sempre de branco, sempre demonstrando o anjo de pureza e delicadeza que era... Até que hoje... Enfim, eu a vi de preto. Toda de preto... Com uma camiseta decotada escandalosa, um sutiã tipo tomara que caia preto e uma calcinha... Uma calcinha preta, uma calcinha preta de puta, fio dental, pequenininha, que mal cobria as formas da sua vagina. Isso para mim foi o fim. O fim da minha vida. Eu acreditava que ela não era como as outras. Que ela não era puta. Que ela era um anjo. Um anjo maravilhoso e iluminado. Mas não. Ela não era imaculada. Ela era uma vagabunda sim, com todas as outras, como todas as mulheres. E agora eu sei. Eu sei que não existem mulheres cândidas e puras. Agora eu sei que nem o meu anjo era assim. Ninguém é. Todas as mulheres são iguais. Nenhuma é pura e resguardada. E foi por isso... Foi por isso que eu comprei essa arma

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